A construção de ambientes mais seguros para servidores públicos e cidadãos exige uma abordagem inovadora, integrando cultura, cidadania e gestão eficiente. Para Ricardo Chimirri Candia, repensar a segurança pública com base em valores culturais é essencial para romper com modelos ultrapassados e promover soluções sustentáveis. Nesse novo paradigma, a segurança deixa de ser exclusivamente repressiva para tornar-se um vetor de transformação social e prevenindo a violência de forma estruturada.
Essa mudança de perspectiva passa pela valorização da cultura como instrumento de pertencimento, identidade e mediação de conflitos. A arte, o esporte, a educação patrimonial e outras expressões culturais se tornam pontes entre o poder público e a população, favorecendo o diálogo e a corresponsabilidade. Desvende ainda mais abaixo:
Segurança pública: cultura como ferramenta estratégica na prevenção da violência
Utilizar a cultura como mecanismo de prevenção é uma estratégia eficaz para reduzir a violência de forma duradoura. Atividades culturais geram oportunidades, fortalecem laços comunitários e desviam jovens de contextos de risco. Em vez de focar apenas na repressão, a segurança passa a ser promovida com base em educação, participação e cidadania. Segundo Ricardo Chimirri Candia, esse modelo aumenta a confiança da população nas instituições públicas e gera efeitos positivos a longo prazo.

Centros culturais, bibliotecas comunitárias, oficinas de teatro e projetos de música, quando vinculados a programas de segurança, criam rotinas saudáveis e estimulam o protagonismo juvenil. Com isso, transformam territórios vulneráveis em polos de convivência, dificultando a atuação de organizações criminosas. Essa integração entre cultura e segurança tem demonstrado resultados expressivos em diversas cidades, especialmente quando envolve a comunidade na formulação e gestão das ações.
Ambientes institucionais mais seguros e humanizados para os servidores públicos
Promover segurança não se limita ao ambiente externo. É preciso garantir que os próprios servidores públicos atuem em condições adequadas, protegidos física e emocionalmente. De acordo com Ricardo Chimirri Candia, um ambiente de trabalho seguro depende de políticas institucionais claras, infraestrutura adequada, treinamento contínuo e mecanismos de escuta ativa. A valorização do servidor fortalece sua capacidade de atuação e reduz o adoecimento ocupacional.
Nesse contexto, práticas como mediação de conflitos internos, acolhimento psicológico, programas de prevenção ao assédio e incentivo à cultura organizacional positiva fazem parte de uma nova gestão da segurança institucional. Quando os profissionais se sentem respeitados e protegidos, prestam um serviço mais eficiente e empático. Isso reverbera diretamente na qualidade do atendimento ao público e na efetividade das políticas de segurança.
Inovação e tecnologia na construção de políticas públicas seguras
A inovação tecnológica é uma aliada indispensável para modernizar a segurança pública. Ferramentas de georreferenciamento, aplicativos de denúncia anônima, iluminação inteligente e monitoramento por câmeras com inteligência artificial contribuem para o mapeamento de riscos e resposta rápida a ocorrências. Contudo, como aponta Ricardo Chimirri Candia alerta, a tecnologia só é eficaz quando integrada a estratégias participativas e humanizadas de gestão pública.
Nesse sentido, os dados coletados pelas plataformas tecnológicas devem orientar políticas baseadas em evidências, priorizando áreas críticas e promovendo a equidade no acesso à segurança. A governança inteligente, aliada a ações culturais e sociais, fortalece a atuação preventiva do Estado e potencializa os recursos públicos. Inovar, nesse cenário, significa romper barreiras entre setores e construir soluções interdisciplinares voltadas ao bem comum.
Por fim, a segurança pública do futuro será cultural, colaborativa e baseada na inteligência social. Conforme demonstra Ricardo Chimirri Candia, o desafio atual está em integrar práticas preventivas com políticas públicas efetivas, que respeitem a diversidade das comunidades e promovam a inclusão. Ao adotar uma visão mais ampla e humana da segurança, é possível criar ambientes que protejam não apenas contra a violência, mas também contra o abandono institucional e a exclusão social.
Autor: Xanus Nekka