Conforme expõe Aldo Vendramin, quando se fala em nutrição animal, o foco costuma estar na ração, nos suplementos ou na água disponível para os rebanhos. No entanto, a base de tudo está no solo: é dele que nasce o pasto que alimenta os animais. Um solo saudável e bem nutrido produz forragens mais ricas, o que impacta diretamente na saúde, desempenho e produtividade do gado. E é nesse ponto que os biofertilizantes vêm ganhando espaço como aliados poderosos na pecuária moderna.
Entenda tudo sobre isso abaixo:
O que são biofertilizantes e por que fazem diferença no solo?
Os biofertilizantes são produtos biológicos obtidos a partir de resíduos orgânicos e microrganismos vivos, que atuam no solo estimulando a atividade microbiana e a absorção de nutrientes pelas plantas. Diferente dos fertilizantes químicos, eles não causam degradação ambiental e ainda ajudam na recuperação de áreas degradadas. Seu uso contínuo melhora a estrutura do solo, favorece a retenção de água e aumenta a disponibilidade de nutrientes.

Na pecuária, esses benefícios se traduzem em pastos mais vigorosos, com melhor qualidade proteica e valor nutricional. Animais alimentados com forragens ricas em nutrientes têm melhor desempenho reprodutivo, maior ganho de peso e ficam menos suscetíveis a doenças. Assim, como alude o senhor Aldo Vendramin, investir na saúde do solo é investir na eficiência e lucratividade da produção pecuária.
Como aplicar biofertilizantes em áreas de pastagem?
A aplicação de biofertilizantes pode ser feita por meio de pulverizações no solo, diretamente sobre o pasto ou ainda via fertirrigação, dependendo da estrutura disponível na propriedade. Como sugere Aldo Vendramin, o ideal é realizar a aplicação em períodos chuvosos ou de alta umidade, para que os microrganismos se estabeleçam com mais facilidade. O uso deve ser contínuo e acompanhado por análise de solo, garantindo os melhores resultados.
Ademais, práticas como o manejo rotacionado de pastagens e a cobertura vegetal contribuem para potencializar os efeitos dos biofertilizantes. Essa combinação ajuda a manter o solo vivo, com alta atividade biológica e boa estrutura física. A longo prazo, isso reduz a necessidade de insumos externos e torna a produção mais sustentável, econômica e resiliente frente às variações climáticas.
Quais os impactos na qualidade da alimentação e no rebanho?
Pastos mais saudáveis produzem capins com maior teor de proteína, fibras digestíveis e minerais, essenciais para o bom desempenho do rebanho. Segundo o empresário Aldo Vendramin, isso reduz a dependência de suplementos concentrados, o que gera economia para o produtor e melhora o bem-estar animal. A alimentação baseada em forragem de qualidade também resulta em carne e leite com melhor valor nutricional.
Com uma dieta mais equilibrada e natural, os animais apresentam maior resistência a doenças, crescimento mais uniforme e maior eficiência reprodutiva. O impacto positivo da nutrição começa no solo, passa pelo pasto e chega diretamente ao consumidor final. Ou seja, o uso de biofertilizantes na pecuária beneficia toda a cadeia produtiva, desde o meio ambiente até o mercado.
Em conclusão, a pecuária do futuro começa debaixo dos nossos pés: no solo. Investir em biofertilizantes é adotar uma visão estratégica e sustentável da produção animal, com ganhos reais em produtividade e qualidade. Para Aldo Vendramin, ao fortalecer a base da alimentação dos rebanhos, os pecuaristas garantem um ciclo mais saudável, econômico e alinhado às exigências do mercado. Afinal, um solo vivo é o primeiro passo para um rebanho forte.
Autor: Xanus Nekka